Nunca vos disse, pois tal como acontece entre nós, sentimos também em vocês, Humanos, o principio da vida, não o sentimos com a mesma intensidade, mas na presença, a sensação garante-nos a certeza! A germinação no útero...
O Ibrahim já reconhece em mim quando o sinto!
Mas o que quero contar-vos é uma historia que aconteceu num longo passeio que realizei com o Ibrahim e dois amigos....
Seguíamos numa estrada com vistas longínquas, campos de trigo que se prolongavam até horizonte, oscilantes na brisa. Junto à estrada, as árvores baixas criavam janelas para os campos e ajudavam a limitar o caminho...
Num desses intervalos, surgiu uma casa térrea, caiada, com as janelas e portas fitadas em azul escuro... Pareceria uma casa normal, não fosse o caso de nas paredes, estar cheia de escritos em múltiplas cores:
Mas o que quero contar-vos é uma historia que aconteceu num longo passeio que realizei com o Ibrahim e dois amigos....
Seguíamos numa estrada com vistas longínquas, campos de trigo que se prolongavam até horizonte, oscilantes na brisa. Junto à estrada, as árvores baixas criavam janelas para os campos e ajudavam a limitar o caminho...
Num desses intervalos, surgiu uma casa térrea, caiada, com as janelas e portas fitadas em azul escuro... Pareceria uma casa normal, não fosse o caso de nas paredes, estar cheia de escritos em múltiplas cores:
"Se seguires o sonho, segues a felicidade" ;
"A felicidade é sermos felizes. Não é fingirmos que o somos";
" O mal nunca está no amor"
...
Muitas outras frases, conhecidas e desconhecidas, circundavam a casa, mas todas de inspiração para felicidade, para o amor, para a verdade!
Grunhi de imediato, assim como a Paula e o Fernando, avisando o Ibrahim do desejo de parar! Eles porque queriam tirar umas fotografias, eu pelo que senti...
O Ibrahim encostou o carro um pouco à frente, saímos. O Fernando começou logo a disparar em múltiplos ângulos à casa. Panorâmicas gerais, pormenores, a Paula a apontar frases...
Eu, aguardava o ser que lá dentro se encontrava!
Não demorou muito...
Antes da sua visão, fez se anunciar com uma voz forte: "Entrem, entrem..." Enquanto a porta se abria..."Há mais para viver cá dentro..."
Surgiu um Homem, velho mas de idade indeterminada, cabelos e barba longos e grisalhos, no fim desta, uma barriga nua, redonda, proeminente, saía da camisa aberta, manchada da transpiração, vinho e restos de comida... Uns calções, outrora calças, segurados por uma corda. Pés nus, largos, calçavam o pó que se acumulava...
A Fernanda correu para o Paulo, um pouco mais afastado a disparar continuas fotografias...
Quando me viu, penteou a barba com os dedos, lançou uma grande gargalhada: "O Bicho!!! Que saudades tenho de ti!" Dei-lhe um abraço. Ao que a Paula meia espantada perguntou: Mas... Já se conheciam? Ao que o Emanuel, assim se chamava o Homem, respondeu rapidamente: "Sim, talvez não fosses tu! Olhando para mim. Mas eras o também! Certo Bicho?"
Essa frase fez o Ibrahim aproximar-se e relaxar com a situação...
Entramos!
A casa encontrava-se decorada com o entulho de muitas vidas passadas, roupas, quadros, brinquedos, móveis... Tirando a cozinha, todas as outras divisões serviam apenas de carreiro entre elas, tal era o acumular de coisas amontoadas. Contudo, conforme nos contava historias, rapidamente encontrava a peça sobre a qual recaia a historia, no meio do tudo aquilo, subia, mergulhava no emaranhado de recordações e de lá saia com a peça que tinha descrito, como se tivesse um memoria absoluta, sobre o empilhamento do vivido...
Mas o que vos quero contar desta historia, foi o que aconteceu à Paula... Enquanto esta observava uma cerâmica que se encontrava pendurada na cozinha, aproximou do Emanuel. Ele que se encontrava a contar mais uma recordação... Parou! Virou-se para trás onde se encontrava a Paula e... Então Parabéns! Seja bem vinda a nova existência... Para ela e para o Fernando foi um momento constrangedor...
Estava a dizer isto quando começamos a ouvir ao longe sinos...
O Emanuel, olhou profundamente nos olhos da Paula, e convidou: "Oh! seria uma honra, receber o compasso convosco em minha casa!"
Tinha um aspecto um pouco assustador, para quem apenas sente e avalia pela visão...
A Fernanda correu para o Paulo, um pouco mais afastado a disparar continuas fotografias...
Quando me viu, penteou a barba com os dedos, lançou uma grande gargalhada: "O Bicho!!! Que saudades tenho de ti!" Dei-lhe um abraço. Ao que a Paula meia espantada perguntou: Mas... Já se conheciam? Ao que o Emanuel, assim se chamava o Homem, respondeu rapidamente: "Sim, talvez não fosses tu! Olhando para mim. Mas eras o também! Certo Bicho?"
Essa frase fez o Ibrahim aproximar-se e relaxar com a situação...
Entramos!
A casa encontrava-se decorada com o entulho de muitas vidas passadas, roupas, quadros, brinquedos, móveis... Tirando a cozinha, todas as outras divisões serviam apenas de carreiro entre elas, tal era o acumular de coisas amontoadas. Contudo, conforme nos contava historias, rapidamente encontrava a peça sobre a qual recaia a historia, no meio do tudo aquilo, subia, mergulhava no emaranhado de recordações e de lá saia com a peça que tinha descrito, como se tivesse um memoria absoluta, sobre o empilhamento do vivido...
Mas o que vos quero contar desta historia, foi o que aconteceu à Paula... Enquanto esta observava uma cerâmica que se encontrava pendurada na cozinha, aproximou do Emanuel. Ele que se encontrava a contar mais uma recordação... Parou! Virou-se para trás onde se encontrava a Paula e... Então Parabéns! Seja bem vinda a nova existência... Para ela e para o Fernando foi um momento constrangedor...
Saiu em pranto, o Fernando seguiu-a!
O Ibrahim informou que de facto ela tinha estado gravida mas tinha abortado recentemente às seis semanas, O Emanuel levantou-se e veio cá fora falar com a Paula.
"Paula, desculpe se a magoei, não era essa a minha intenção, não me fiz compreender. Deixe-me por favor dizer-lhe, a sua condição não difere em nada das mulheres que concretizaram a gravidez, grande milagre é a geração, o que lhe aconteceu faz parte da sua condição de mulher e de mãe...
"Paula, desculpe se a magoei, não era essa a minha intenção, não me fiz compreender. Deixe-me por favor dizer-lhe, a sua condição não difere em nada das mulheres que concretizaram a gravidez, grande milagre é a geração, o que lhe aconteceu faz parte da sua condição de mulher e de mãe...
Quero que saiba que de si, nasceu um ser, mesmo que não o tenha visto viver..."
Estava a dizer isto quando começamos a ouvir ao longe sinos...
O Emanuel, olhou profundamente nos olhos da Paula, e convidou: "Oh! seria uma honra, receber o compasso convosco em minha casa!"
O choro transformou-se num sorriso contemplativo...
Aceitamos!
Bicho