quinta-feira, 4 de novembro de 2010

De Bichoito a Bichoitenta

Acordei com o Bicho a grunhir de Felicidade em cima da minha secretária, com um livro de Whitman numa pata, apontando o Sol com a outra.
 Este Bicho é louco! 
Ainda tentei tapar o brilho avermelhado do seu reflexo com a almofada. Nada feito. Da secretária saltou para a Cama, e com grunhidos cada vez mais altos... Bom dia para ti também Bicho!

 Escreveu no quadro de comunicação: Amanhã és pó. Hoje praia.

 Já não usa trela, aliás, nunca deveria ter usado mas as pessoas assustavam-se, agora com o tamanho que tem, acham o Bicho engraçado... Vá-se lá compreender o ser humano!

Chegamos à praia. Uma brisa gelada, bestial para o bicho. Desata a correr como um louco, eu... fui a passo.
A brisa trazia o som dos seu grunhidos enquanto dava saltos dessincronizados. Lá se acalmou um bocado e esperou por mim. 
Os pelos tapavam-lhe a cara com vento e sorria. 

Ibrahim

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