domingo, 20 de novembro de 2011

Pássaro em Bicho

 Hoje! Gostava de ir como os pássaros.
 Parecia... Julguei que fosse! O meu pássaro! O mesmo que ontem observei no parque...
 Aquele que, com agora saudade, descobri no ultimo dia...
Como o poderia esquecer! Nós Bichos, não apreendemos a deixar de amar. Deixei os pássaros voar por amar a sua liberdade mas, em mim, restará sempre o meu amor.
Deve ser fenomenal voar! Ver o Mundo de uma forma livre, sem o entrave da gravidade, que nos obriga aos ângulos rectos, ao desvio dos volumes, a tridimensionalidade da crosta.
O vento a passar no focinho...
O bailado...
A obrigatoriedade do movimento. O ir e vir, as curvas longas nas correntes quentes...
E se olhar para baixo, verei apenas pequenos pontos de luz, suficientes para definir figuras geométricas. Cujos os seus limites, ponto a ponto, fazem uma só Manta de retalhos.
E acima da Manta, repousaria Eu...
e o Silencio!
O meu pássaro!
Quando voou!  Desatei a gargalhar! Como foi possível não ter compreendido de imediato...
Ainda que não fosse, era!


Bicho

1 comentário:

  1. E como sorri vendo bicho homem virar bicho ave!
    E gostei desse voo ora rasante, ora picado como convém a bicho ave.E dos pontos minúsculos que se julgam grandes cometas... E gostei da sua Manta, feita manto.Ora de sol, de lua. Ah! E gostei desse Silêncio, que aconchega a Alma de Bicho Homem. E gostava que o bicho ave tivesse a mesma perceção de Silêncio! Terá?
    Ah, tem! Ela gosta de se ouvir cantar. E só pode ser no silêncio do tempo ou de si mesma!

    Amei este post Nuno! Grande sensibiidade, sabia?
    Bjis!

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